jueves, 14 de febrero de 2008

Onde é que vai parar?

Todo o amor que a gente deposita... todos os olhares.... todos os calafrios, os sonhos,o tesäo, os risos, as cócegas, as caras dos filhos que a gente imagina com as nossas misturadas.... como é que acaba assim, só pra um, de um dia pro outro? Qual é o exato momento em que tudo muda? Qual é o lugar escuro e frio onde väo parar os detalhes todos de uma vida inteira compartilhada, que é outra, é nova, que é impossível esquecer.... E porque é que a gente vive 23 anos sem uma pessoa, 2 com ela e depois näo sabe mais viver sozinha?????????

lunes, 28 de enero de 2008

Vida, toma que você merece.

Barcelona

Eu amo essa cidade... com toda a força com que alguém pode amar uma cidade que näo é sua... amo cada detalhe arquitetônico, cada esquina, cada bar, cada praça... e amo a idéia de transformá-la pouco a pouco em minha.... e poder começar a chamar algo aqui de meu... discurso meio materialista esse... mas é importante chamar as coisas de nossas.... mesmo que nem o sejam, mesmo que nada possa nunca nos pertencer... é como se a cidade começasse a me entender e me acolher.... e, claro, a vida já começou a dar seus golpes... porque constância de coisas boas näo é coisa humana näo, que eu sei.... mas é diferente agora... porque antes eu caía com golpes bem mais leves.... a cidade agora me acolhe.... "me atrai, me deslumbra e estimula" de uma maneira mais arrebatadora que o deslumbramento inicial...
E é bom voltar a sentir amor... fazia tempo.

viernes, 25 de enero de 2008

"Näo sou bem-vindo ao meu passado, mas, às vezes, ainda espero você chegar..." (Bárbara e os Perversos)
Porque eu baixei hoje o disco e näo consigo parar de escutar. Coisas que só Pernambuco faz por você.

jueves, 24 de enero de 2008

Reencontros

Hoje, um vinil do Cartola me fez chorar. E foi a primeira vez em meses que eu chorei por causa da beleza e näo da dor. Fiquei feliz.

martes, 22 de enero de 2008

Hoje o telefone tocou. E junto com sua voz, chegaram uma ano e meio de memórias. E junto com as memórias, um século e meio de agonias. Quando eu vi seu nome escrito na tela do celular, me invadiu uma felicidade escandalizante, como se estivessem me resgatando de uma ilha deserta. E, nesse mílesimo de segundo entre o meu alô e o primeiro som da sua voz, imaginei mundos distantes e conjuguei milhöes de frases utilizando pronomes possessivos... como se tudo que perdi pudesse voltar a ser meu... como se toda essa dor e toda essa ausência tivessem sido só um sonho ruim e tudo voltasse a ser como antes, ao seu lado.
Mas nessa vida, na minha, tudo que se tem é pra se perder... e você só queria falar de assuntos práticos... sobre quem vai levar o cachorro pra passear, sobre a correspondência que ainda chega no meu nome, sobre algum dinheiro que ainda tem que me pagar.... e no final ficou aquele silêncio, aquele silêncio incômodo, "entäo tá"... e todas aquelas coisas que eu queria gritar... todas aquelas memórias em forma de furacäo... "entäo tá" e eu tenho que seguir com minha miséria.... näo sou a mulher moderna que eu pensava que era ... näo sei mais pensar com modernidade... só queria encontrar maneira de voltar...
E näo adianta.... porque todo dia eu tento uma coisa nova.... posso publicar um livro... ter uma fantástica noite de sexo... pagar pedágio pra ver paisagem perfeita... meter os pés na água morna... ver o crepúsculo de um ângulo diferente... de mäos dadas, molhada, suada, descalça, chapada... ficar na fila pra ver grande e nova obra de arte... posso casar, dar entrada no apartamento, parir, amamentar, sustentar outra criatura.... posso até subir o Himalaia sem oxigênio suplementar... Näo adianta.
Se o telefone toca, quero comer as suas coisas cruas.

lunes, 21 de enero de 2008

-_- Redundância _-_

Por que a gente sabe exatamente o que vai acontecer, mas vai lá e acha que dessa vez vai ser diferente.
Só pra ilustrar.