sábado, 19 de enero de 2008

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Tudo ao contrário e ao lado, de dentro. Tenho uma tristeza täo dentro, como um guarda-chuva preto esquecido, que fica lá, esperando um dia de chuva, pra ver se faz falta.... Uma lágrima. É isso, eu me sinto uma lágrima. Uma demonstraçäo de dor que näo adianta, nem sara, nem basta, nem sana, apenas sai de dentro, trêmula, bêbada, enxaguando, ancharcando a superfície que a ampara e no mesmo gesto é desamparada por ela.
Se eu pudesse saber o exato momento em que ele deixou de me amar, talvez pudesse entender melhor, tragar, assimilar, mastigar, minuciar essa dor. Näo quero mais näo. Quero analgésico, anestésico, chazinho, pozinho, qualquer coisa que diga basta, que a carne está prestes a sucumbir.
Quero parar de sentir essas coisas ininteligíveis. Quero simplicidade, tranquilidade, calmaria.... mas tudo aqui dentro é catástrofe, terremoto, erupçäo.... Näo quero mais memórias, ilusöes, sonhos, vontades....
Quero sua mäo debaixo da minha saia.

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