sábado, 19 de enero de 2008

devaneios....

Traços definem a casa,
Definem o movimento.
Os traços na pauta definem a música.
Os traços entre as letras fazem palavras.
Traços medidos formam um equilátero.
Os traços do seu rosto säo diferentes.
Säo algo querendo ser dito...
Na verdade, estou caçando com mira minuciosa
Palavras de amor pra você.
E vou misturando tinta e lágrimas
Por que pensar me faz muito mal.
As palavras väo saindo todas, sem controle
Odeio as lágrimas persistentes, femininas, idiotas...
Nem queria escrever tudo assim,
Ligado aos pronomes possessivos;
Meus, os seus coices
Seus, os meus cadernos de línguas
Minha, a sua indiferença
Seus, os meus dias
Nossos, os desencontros marcados.
Este sentimento é como um filho hemofílico,
Vou sempre me jogando na frente de tudo
De todas as coisas pontiagudas e ferozes
Vou tomando pra mim os hematomas
Por que os outro näo entenderiam o limite para näo sangrar.
Tenho uma alma muito velha
E cansada
E uma carne demasiado débil.
A falta que você me faz
E a falta que eu näo faço a você.
Espaço entre a lágrima e o olho,
Partícula de pele ainda näo tocada.
Acredito em nenhuma possibilidade.
No way.
Queria ser psicopata dentro de mim
E poder matar todos os meus órgäos cretinos,
Que passam o dia a conspirar contra mim,
Tendo cólicas e sussurrando seu nome.
O conceito metafísico dos filósofos exige lógica
O excesso de intimidade com aqueles que podem deixar de nos amar é perigoso
Mas näo vou mudar de assunto
Todo texto tem um assunto central, me ensinaram na escola
Nos meus, é sempre você.

No hay comentarios: